sábado, 6 de julho de 2024

A SOCIOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

UMA ANÁLISE EM BAUMAN.

Neste breve texto, faremos uma sintética análise de uma entrevista de Bauman, grande pensador do século XX. Seu conceito "liquidez" diz muito aos tempos atuais, e possui diversas aplicações. Iremos observar esse termo após compreender: "para que serve a sociologia?", título da exposição. Não temos por objetivo forçar o pensamento do sociólogo aos moldes "cristãos", porém, pensando na riqueza do que venha ser "serviço" tanto nessa área da ciência, quanto no texto bíblico, temos um ponto comum para um possível diálogo.

Para Bauman, a sociologia na Polônia e na Grã Bretanha, por meados de 1970, se assemelham, até mesmo, pela língua inglesa ser a oficial deste campo. Temos poucas mudanças radicais no âmago dos estudos em sociologia "aqui". As descobertas de Gramsci, da Escola de Frankfurt, da “culturologia”, da hermenêutica, da insignificância do “funcionalismo estrutural” e da magnitude do estruturalismo, são alguns dos grandes temas em que Bauman trabalhava antes de “migrar” da Polônia a Grã Bretanha. 

Ao ser perguntado: “para que serve a sociologia?” Bauman separa a ideia de experiência e vivência, onde o primeiro se volta a aspectos objetivos e o segundo a aspectos subjetivos. Sua sociologia dialoga com esses dois aspectos do ser humano, onde o romper do hábito generalizado pode resultar em dois grandes fundamentos: (1) A crença na inflexibilidade da ordem das coisas e (2) a crença numa fraqueza humana beirando a impotência. Esse dueto de crenças, pode ser chamado de “servidão voluntária”, um termo cunhado por Étienne de la Boétie.

Serviço e voluntariedade são conceitos expressos na prática da Igreja do primeiro século. Encontramos o amor fraternal entre os irmãos, mostrando que o termo de Étienne pode ser aplicado, em seu devido contexto, aos discípulos de Cristo. Ao contrário do “mundo líquido” em que Bauman nos alerta, a educação cristã deve procurar, se utilizando dos recursos de um sociólogo, mapear o “mundo”,  por meio de uma ética e moral, como a de Jesus.

“Por que o mundo deve ser um anfiteatro de gladiadores do tipo matar ou morrer em vez de, digamos, uma colmeia ou um formigueiro vigorosamente sinergético?” (BAUMAN, 2015, p. 22)

por: Jefferson de Melo.


(Texto apresentando em uma das trilhas da disciplina: Abordagens cristãs às áreas do conhecimento nas ciências humanas ...)

Texto próx.: 

A Interpretação cristã da história (14.7)

Síntese do Manifesto Comunista (21.7)


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