Uma hipótese nós indaga, mas também nos faz continuar a trilhar o caminho; diante do ensino, em meio a aprendizagem. Está, se empregada na mentalidade de muitos saudosistas, que sempre dizem em silêncio:
"Não há nada que se possa aprender com um jovem".
Mas, quem é o jovem? Ele não é um adulto, pois não alcançou seu pleno desenvolvimento; porém não é uma criança, já que se desenvolveu em alguns aspectos primários. Por esta instabilidade, natural, já que o procedimento construtivo do ser humano é árduo, muitos reafirmam que suas opiniões são inválidas.
O antecessor crê que a geração presente é ausente; ausente de saberes, de capacidade; e até de presença física. É o menosprezo e a degradação a cada década; de pessoas que se acham mais, pois um dia se sentiram menos. Isto, acompanhado de um progresso de evoluções e descobertas; aparentando mesmo um paradoxo.
Quanto à frase acima, nos referimos a verdadeira realidade, pois muitos discursam o quanto aprendem com os mais novos; mas em maioria, os tais possuem grandes preconceitos, e um ar de superioridade frente aos mesmos. É a desconfiança, e o medo aflorado, já que mesmo com pouca idade o indivíduo pode sim ter atingido a maioridade; a mais importante delas, a intelectual.
*Entendamos bem, este não é um manifesto contra a experiência e os anciãos. Já chegaremos na parte que cabe ao espírito jovem da contemporaneidade. Tenha calma.
Então, ok. Em resumo, a moral é nós (mais experientes); escancarar as portas das oportunidades a eles (menos experientes), correto?
Seria muito simplista e corporativo resumir a ópera com esse tipo de afeição. Sabemos que não é assim que funciona; não é como se muda um ambiente; ou se inicia uma reforma cultural.
Aos que vivem se baseando em experiência empíricas, respire. Ainda há mais para ver! Porém, você estará aberto ao novo quando isso ocorrer? ou a tradição já nos colocou suas amarras?
Se não nos ensinarem, como saberemos realmente se aprenderam?
"Pais, educadores e pastores.
Por vocês posso até ser julgado,
Mas, ainda que abalado,
Diante do que vejo e percebo;
Não posso ficar calado."
*Voltemos ao jovem, pois chamei toda a atenção para o que ele tem a dizer, oferecer.
Sua percepção de mundo, e muitas vezes tentativa de fuga dele, é terreno fértil para o começo de algo. A substituição do pragmático para o autêntico, criativo e metafísico é a tônica. A riqueza que está na simplicidade da mente precisa ser orientada, pois os anseios, que movem o jovem não nascem de lá, mas sim do coração. Logo, o jovem precisa acalmar o mesmo. Sentar e ouvir mais, aprender; questionar o mestre; e crescer em graça e conhecimento.
Sua pouca idade não justifica sua arrogância, apenas sua ignorância faz isso.
Queremos ser ouvidos? Compreendidos? Sejamos antes transformados, e sensatos.
Fuja de bobagens, e ofensas ao humano; apenas critique se tiver entendido, e se tiver sugestões melhores das que existem. Não falem sempre, por textos, imagens e vídeos; as pausas são importantes, trazem verdade.
Tenha a beleza como algo mais profundo, que precisa ser desvendado, e que não seja nada menos que o óbvio.
Jovens, jovem, obedece já ...
Já diria o apóstolo Paulo a Timóteo.
"Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza." (I Timóteo 4.12)
Por fim, aqui vemos a harmonia, segundo este verso. Se por um lado não se deve desprezar o jovem, em sentido estrito, para aqueles que são e se dizem maduros; cabe ao mancebo o exemplo, em várias esferas; em prol não de si, mas do outro. Não vemos resolução em revolução e anarquia aqui; mas deslumbre em emancipação, por meio da total entrega e devoção.
Que aprendamos a aprender.
Por: Jefferson de Melo.
@jeffmelo95
Texto de extrema importância e indução ao pensar! Com certeza, amei!
ResponderExcluirGrato Nathalia. Bom saber que os conteúdos ajudam!
ExcluirAtt. Jefferson.
Me senti até importante kkkkkk mas o texto esta muito bom 👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirSomos importantes. Mas, não somos por nos mesmos.
ExcluirAgradeço por ter lido.
Att, Jefferson.
Gostei, enquanto lia lembrei de Dom Pedro II, emancipado aos 14 anos pelo parlamento a fim de pacificar as revoltas e unir os brasileiros.
ResponderExcluirBoa memória, um exemplo para nossos tempos. Grato por ler e contribuir.
ExcluirAtt. Jefferson.
O texto é muito bom e todos deveriam ler
ResponderExcluirObrigado pelo comentário Kethelyn, espero que tenha feito refletir.
Excluir