domingo, 23 de junho de 2024

A LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL E O CRISTÃO

  1. As Ideias fundamentais: Sob ombro de gigantes

Durante muitos séculos algumas ideias em relação a Astronomia se mantiveram. Uma delas era a explicação em relação à interação dos corpos celestes. Veja:

Para Ptolomeu, o Sol, a Lua e os Planetas se moviam em órbitas circulares a distâncias diferentes ao redor da Terra. (McGRATH, p.27)


A ideia do pensador se perpetuou durante séculos, até se observar que os planetas que orbitam o Sol, e não o contrário.

O astrônomo polônes Nicolau Copérnico publicou um livro defendendo que o Sol – não a Terra – ficava no centro do universo conhecido. (McGRATH, p.27)


Um matemático que, por meio dos seus estudos que envolviam a relação entre velocidade, distância e tempo, trouxe enormes contribuições para entender o universo. Galileu Galilei, por meio da cinemática, pode entender melhor a “queda dos corpos”, corrigindo o “lugar natural”, conceito aristotélico. 

Aquele que prepara o caminho para a lei da gravitação universal, é Kepler, que trouxe algumas leis importantes. Em síntese, as (1) Órbitas Elípticas entre os corpos não são circulares, e a (2) Área percorrida entre os corpos é proporcional ao tempo de percurso.  

Kepler mostrou que a Terra e outros planetas traçavam, na verdade, órbitas elípticas ao redor do Sol em velocidades variáveis. (McGRATH, p.27)


  1. Sir Isaac Newton


A. Breve Biografia de Newton

Sir Isaac Newton (1642-1727) nasceu no dia de natal. Foi um jovem com baixo rendimento escolar, problemas familiares, porém, com muita disposição para criar. Anos mais tarde formou-se na Trinity College, Cambridge, presidiu a Royal Society e foi integrante do Parlamento britânico. Estudava Teologia e Alquimia com o mesmo afinco que estudava a Física, de modo dialógico. Era apaixonado pelos estudos de Euclides, e influente de Descartes, Kepler, Viète, Galileu, Fermat, Huygens, etc.

Na Matemática ele encontra segurança e refúgio. Dentre o período de pandemia da peste negra, aprimora ideias, e contribuia em diversas áreas, a qual chamamos atualmente de Binômio de Newton, Fundamentos do Cálculo Diferencial e Integral, Séries e Ótica.


               B. A Lei da Gravitação “Universal” 

A atração entre corpos, seja em relação a uma maça ou a lua, fez com que de forma empírica, a gravitação se tornasse um dos grandes motivos para explicação de fatos importantes da ciência, como a força alterando a distância. Mas, é bom lembrar que não é um efeito natural, que resulta na atração dos corpos.

Ele [Newton] explicou como toda matéria exerce uma força atrativa – a gravidade – que puxa outras matérias para seu centro. É uma força universal, cuja intensidade depende da massa do objeto. (2021, p.50)


Para tal lei, com pretensão universal, há um equação matemática, que permite resolver problemas referentes à força, onde o produto das massas, vezes a constante de gravitacional (G) dividido pela distância ao quadrado, observe: 


As massas influenciam a atração gravitacional dos corpos, ideia que pode ser aplicada não somente a pequenas partículas, mas a grandiosas, como os planetas. Assim, procurando entender seus movimentos, os seus mecanismos. 


  1. Cristãos e o não conflito Científico

Existe uma ética cristã, e seus pilares para o pensamento. Um deles estaria no dito de que a ciência explica muita coisa, mas não pode explicar tudo; e Newton sabia disso. 

Em primeiro lugar, o próprio Newton aceitava (espera-se) a perspectiva newtoniana, mas não aceitava a teologia da não intervenção divina. Ao contrário, ele acreditava que Deus dirige providencialmente o mundo e ajusta regularmente a órbita dos planetas. Segundo seus cálculos, se não o fizesse, tais órbitas seguiriam uma trajetória espiral rumo ao caos. (PLANTINGA, p. 81)


Plantinga mostra a pretensão de Newton com a mecânica clássica, um sistema fechado, onde não nega Deus. Se isso existe, uma intervenção não desabilita os padrões matemáticos. Logo, crer em Deus, que atua em modo natural, e também de forma sobrenatural, não afetaria em nada a relação da ciência com um Deus criador; aliás, harmonizaria mais ainda. No prefácio de sua magistral obra Principia (1687) o cientista revela suas pretensões, fruto de suas afeições. 

“Ofereço este trabalho como os princípios matemáticos da filosofia, uma vez que toda a tarefa da filosofia parece consistir nisso: partir dos fenômenos dos movimentos para investigar as forças da natureza, e, em seguida, utilizar tais forças para demonstrar tais fenômenos”. (HOOYKAAS, p.72)



  1. Referências

"Diversos". O livro da física. Globo. 2021

HOOYKAAS, R. A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Monergismo. 2021 

McGRATH, Alister. Uma Teoria de tudo (que importa). Mundo Cristão. 2019

PLANTINGA, Alvin. Ciência, Religião e Naturalismo. Nova Vida. 2018


(Texto apresentando em uma das trilhas da disciplina: Abordagens cristãs às áreas do conhecimento nas ciências exatas ...)

Por: Jefferson de Melo.



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