No último final de semana, os olhos do Brasil e do Mundo se voltaram a duas "realidades". Uma, no Rio de Janeiro, e as praias de Copacabana; e a outra no Rio Grande de Sul, e toda região envolta a Porto Alegre.
Em uma, a arte de uma das artistas mais consagradas dos últimos 40 anos. Símbolo de uma cultura, a rainha do pop, em um show avassalador, com poderio de movimentar a economia de um estado; Madonna, arrastou milhões de pessoas, tanto presencial, como por meios televisivos. Muitos pararam para assistir este show tão especial. Ali, virou um "porto, alegre".
Já no sul, a realidade era, e é, bem diferente. As chuvas excessivas geraram a maior catástrofe que os gaúchos presenciaram na história. Atestando mais de um milhão de pessoas afetadas, com mais de cem mortos e perdas irreparáveis, inúmeros cidadãos começaram a se compadecer pela causa.
Seja com assistência social, ongs, empresas, jogadores de futebol, escolas ou igrejas; se iniciou um movimento de prestação de socorro ao povo. Uma ação coletiva, visando trazer um pouco de alívio.
Em meio ao paradigma, arte ou catástrofe; a qual acataremos, perceberemos ou viveremos; temos o caminho da solidariedade; que pode, e deve integrar as duas dimensões.
Ao nosso ver, não se pode ignorar nenhuma realidade. Existe um impacto positivo em um grande evento, como o realizado por Madonna. Mas, ele é questionável quando se ignora a dor e o sofrimento do outro.
Então, aos críticos com ar dominicano, que duvidam: Seria, então, o momento para um evento? Digo, seria! Mas, só se fosse em prol dos necessitados, pois o problema nunca foi, ou será a arte, mas sim, o seu propósito.
As catástrofes sem atos de solidariedade repetidos nos revelam, dia após dia, onde está o nosso coração.
Por: Jefferson de Melo.
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