sexta-feira, 4 de junho de 2021

TEx 21 – Quando o “um” é maior que o “muitos”.

As tendências apontam para sempre voltarmos ao extraordinário, o espetáculo. Os grandes eventos são buscados por praticamente todas as áreas da sociedade. É o valor atrelado ao preço. O julgamento de que algo é bom ou ruim na maioria das vezes se faz por vias quantitativas; e por mais que eu trabalhe com a dialética da matemática, sou enfático em dizer, tratando os números por diversas vezes, que o “um” é maior que o “muitos”. 

I. O “um” é maior que o “muitos” quando a unidade em meio a diversidade é enfatizada. Aqui não é apenas declarar, mas trazer a realidade ao conjunto, de maneira uniforme; mesmo que exista entre os integrantes uma multiforme no enxergar. Os muitos envolvidos se tornam uma espécie de corpo único, e não diversas partes variadas. 

II. O “um” é maior que o “muitos” quando os bastidores se mostram mais importantes que os palcos; ou quando as relações humanas se tornam mais fundamentais que os entretenimentos superficiais. Exemplos desses raros e talvez únicos momentos, se fazem nas sinceras amizades, nos longos matrimônios e na planejada paternidade.

III. O “um” é maior que o “muitos” quando não precisamos demonstrar ou provar tudo que fazemos; já que em nossa mente apenas uma síntese se torna existente. A partir dessa verdade única, as diversas sentenças são discorridas; e não o contrário. Essa ideia cabe ao campo do ensino-aprendizado, já que conhecer muito pode não necessariamente nos levar ao saber que mais importa; pois aprender é ato direcionado, e por isso é bom ter foco.

Observamos que a cooperatividade, a qualidade e a verdade não se conectam aos moldes da desenfreada quantidade. Aqui, o tempo se torna matéria prima para o equilíbrio, o “um” é maior que o “muitos”, nos ajudando aos dias atuais, contra qualquer tipo de extremismo. 

Por: Jefferson de Melo.

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