domingo, 13 de setembro de 2020

T08 20 – Perseguidores e perseguidos. (À parte da igreja que sofre!)

Artigo por Jefferson de Melo. (páginas 1-8)


Prefácio.

O presente texto possui um objetivo apenas, o de mostrar que a "inclusão" e a "transformação" são fatores preponderantes na igreja de Cristo. Porém, de uma maneira ou de outra, estes dois movimentos causam problemas, de diversas camadas em nossa sociedade. Isto ocorreu no primeiro século, início da era cristã; hoje, em outro contexto, também ocorre. Ao nosso ver, são problemas dignos de toda aceitação, já que tem em seu âmago o evangelho de Jesus.

Espero que além dos pilares, outras reflexões possam ser feitas e analisadas; para que conscientização e boas práticas sejam dispostas, ainda mais pelos chamados cristãos.


Introdução.

Um personagem bíblico, conhecido de muitos, teve uma reviravolta em sua vida; no virar de uma página, ou desdobrar de apenas dois capítulos do livro Atos dos Apóstolos. No início do oito ele perseguia, no final do nove ele pregava. Saulo, por meio da graça, se tornou Paulo. O homem de tradição judaica, perseguidor de cristãos, não somente negou seu caminhar; mas se tornou uma testemunha viva do poder do evangelho, e o que ele é capaz de fazer; e daí foi gerado um perseguido.

O apóstolo que simplesmente criou um estilo literário, por seu modo de escrever, tinha o anseio de compartilhar com outros tudo aquilo que recebeu, principalmente aos gentios (gregos), onde dizia ser um devedor. Por isso, talvez, fez várias viagens, com o desejo de fundar diversas igrejas e disseminar a boa nova que o salvou. Observamos uma segmentação neste período; quer dizer, a simplificação da definição do ser em "ou você é isso ou aquilo". Paganismo, judaísmo e gnosticismo são algumas dessas religiões que dividem as pessoas. Sendo elas organizadas ou não, estavam sempre presentes na mentalidade das pessoas da época, onde a compreensão sobre a qual grupo você pertence era de muita importância, pois se conectava com a vida como um todo. 

Neste sentido, a visão de mundo que o cristianismo apresenta sofre, e muito, pois partia o coração dos homens com sua mensagem simples, porém densa em conteúdo. O fato de ser iniciada por “um homem Deus” fez com que compreensões diferentes fossem construídas, como uma seita composta por líderes hereges (Referente aos discípulos). Depois da ascensão de Jesus Cristo aos céus, e o não contato com o mesmo, o evangelho só poderia ser dado por revelação, e segundo Paulo, revelação do mesmo, já que ele não estava morto. Isto dificultou muito uma tentativa pela unidade; principalmente pelos "estados" não "segmentarem" a concepção "política" da concepção "religiosa" em boa parte das vezes.

Bem rapidamente, sentenças descritas pelos evangelistas foram se fazendo vivas e práticas para os primeiros cristãos, que carregavam o sofrer e as marcas de Cristo. Paulo mesmo foi preso e assolado diversas vezes por amor ao evangelho, chegando a declarar em uma de suas cartas que viver é Cristo, e morrer é ganho. Os cristãos entendiam que havia apenas um Deus, e que só nEle poderia haver caminho, verdade e vida. Esta confiança no porvir, e a esperança na redenção serviu de alento para suportar as aflições, e ter bom ânimo, já que Jesus venceu o mundo. Palavras como essas, hoje pertencem ao cânone bíblico, mas a dois mil anos atrás formou as raízes da igreja. "Anos seguintes se percebe que o sangue dos cristãos [mártires] é a semente [da igreja]". (TERTULIANO, 2016, p.209, grifo nosso)

 

i.               O que é islamismo?

Como é difícil definir algo, restringir o que o termo significa em breve palavras é uma missão complicada; porém possível de se realizar, mesmo para aqueles que não são participantes do meio. Vamos então ao século VII para observarmos o último profeta, sim, o último, já que os primeiros citados na Bíblia Sagrada são considerados antecessores na literatura islâmica, como: Ibrahim (Abraão), Musa (Moisés) e Isa (Jesus).

Então, ela não é antagônica aos textos judaico-cristãos; isso quer dizer, que não há uma falta de validade no islã sobre acontecimentos históricos do texto bíblico; porém, há no mínimo compreensões diferentes entre os religiosos, no campo teológico-político prioritariamente. Por exemplo, a crença em Alá, o deus único do islamismo; também é próxima da unicidade vista em Yahweh, o Deus do povo hebreu. (São próximas, mas que não são as mesmas). 

Voltamos ao último profeta, Mohammed (Maomé), aquele que possui a última revelação divina; já que no islã os profetas bíblicos são apenas “profetas”, não existindo algo especial na relação entre eles e o divino. Até mesmo a divindade de Jesus Cristo é colocada em cheque quando trabalhamos na perspectiva do Alcorão, um dos livros do profeta do islã. O mesmo livro é carregado de princípios, códigos morais, chamado de sharia; o mesmo que sustenta o código civil de muitos países islâmicos atualmente. Observemos no islã cinco princípios fundamentais, baseados em seu livro, são eles: 

a.      Aceitar deus como único e Muhammad como profeta;

b.      Dar esmola de no mínimo 2,5% dos rendimentos para quem necessita;

c.      Fazer a peregrinação até Meca ao menos uma vez na vida, caso tenha recursos;

d.      Rezar cinco vezes ao dia, todos os dias;

e.      Jejuar durante o Ramadã, a fim de refletir e desenvolver paciência.

Já percebemos que uma definição para o islã não é fácil, e por isso um panorama é essencial aqui. Muito do que se tem de compreensão sobre a religião vem por Maomé, este que não era apenas um líder religioso, já que quando fugiu de Meca para Medina conduziu seguidores para a primeira cidade-estado do islã; ele era também líder político; e mais tarde, quando retorna a Meca, conquista tal cidade, e redefine as bases do império, no desejo de unir as tribos árabes; ele era um líder militar. Mas o grande líder morre, e cem anos depois, com uma vasta expansão territorial, uma crise se estabelece no islã; pois, quem iria suceder a Maomé? O grande Estado político-religioso mulçumano se divide em xiitas e sunitas; e a partir daí novas perspectivas se lançaram sobre o islã. O que se tem hoje como Al Qaeda e Estado Islâmico (ISIS) é nada mais do que frutos desta segmentação e seus desdobramentos; que como vimos, envolve questões religiosas, políticas e militares decorrentes a sucessão, direitos ao "trono", e sua possível resposta sobre um verdadeiro califado. 

 

ii.                  A oposição do discípulo de Cristo.

Citamos um verso bíblico para análise do islamismo em relação ao cristianismo.“Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado”. (Gálatas 1.8)

Após olharmos para o contexto do Islã, lembramos do seu momento máximo, a visita do anjo, já que no Alcorão, do árabe Al-Qur’an (القرآن) é dado a partir deste momento. Como característica das religiões monoteístas, o Islã é uma religião do livro; e se quisermos aprender mais sobre ela devemos sim ir à sua fonte, para além dos seus intérpretes; pois eles podem nos ajudar, mas também nos dispersar. Assim como o cristão deveria caminhar; não esperando a próxima “revelação divina”; mas meditando dia e noite na revelação já escrita. Isto não é se abrir para interpretações livres do texto, mas possibilitar uma construção do conhecimento (epistemologia), individual, para depois, mais convicto, o mesmo se abrir a saberes externos, coletivo; tendo condições de subjugá-los da melhor maneira. 

O discípulo de Cristo conhece e prossegue em conhecer o seu Senhor, e de maneira bíblica, aberta; não de modo oculto ou misterioso; já que este excesso caí no senso de individualidades e de deuses personificados a cada um; e não único de tudo, e todos. Temos o cuidado de dizer cristianismo e generalizar todos que se auto declaram cristãos; já que discipulado antecede o chamado cristão, e não somos nós que definimos isso, mas são os outros que percebem as afeições de Cristo em seus reais imitadores. (Ler Atos 11.26)

Atentamos então a há um cristianismo estatal, muito distante dos evangelhos e das cartas do cânone bíblico; ainda mais do conceito graça, expressa na literatura Paulínia. Deveria existir de maneira intrínseca um compadecimento na peregrinação do cristão, mas isso por causa de Cristo, pois o aprendiz não é maior que seu Senhor; já que Ele passou aflições, e assim, também devemos passar, e mais, suportar; por amor a Ele.

Neste sentido, não se deve suportar sofrimentos dolorosos por amor à vida eterna? (KEMPIS, 2017, p.161, grifo nosso). Como dizem os matemáticos em alguns momentos para seguir com seus conceitos: “... é condição necessária”. Contudo, o cristão deve negar qualquer evangelho separado da cruz. 

A oposição começa internamente, em meio aos clichês; depois de modo externo, levando em consideração o custo de não ser seguidores apenas, mas um discípulo que nega a si mesmo, toma a sua cruz e segue, até a morte, Jesus.

Isso significa que seguir Jesus não era apenas embrenhar-se no meio de uma turba que o seguia. A verdadeira igreja não é uma multidão que simplesmente segue a Jesus, mas a reunião de todos aqueles que seguem a Jesus nos termos de Jesus, ou seja, é a assembleia daqueles que se recusam a seguir Jesus do próprio jeito, meramente como curiosos, retendo apenas o que lhes agrada e destacando tudo mais. Em suma, trata-se da reunião daqueles que seguem Jesus como Jesus quer ser seguido. (MADUREIRA, 2019, p.35)

A distância do cristão com o muçulmano pode se fundamentar somente pelo meio da origem de seus escritos e dizeres proféticos; já que o cristão nega qualquer "revelação angelical" posterior ao período da tradição apostólica. Fora, que o seu oxigênio é baseado na obra daquele que um dia voltará, divergindo sua visão em relação às coisas naturais e contraditórias. 

 

iii.                O conceito de estado laico.

O ato de crer é unânime, em qualquer sociedade ao longo da história, e hoje não é diferente. Mas, já sabemos que não há uniformidade nesses modos de crença, até mesmo naquele que se diz crer em uma única divindade. Por exemplo: o muçulmano descreveria algumas características deste, os judeus fariam o mesmo, e provavelmente os cristãos não ficariam atrás nas divergências. Há pontos incomuns nos primeiros segundos desta tríade, mas em minutos desaguamos em lugares bem diferentes.

As suas referências diferem, o modo cultural também, sendo o suficiente para secções a todo momento serem criadas, e o coletivismo abalado. Mas, e a laicidade? Ela é a semente do lema da revolução francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade do francês Liberté, Egalité, Fraternité; que querendo ou não, mudou a perspectiva do mundo ocidental. A alta do pensamento iluminista tinha em sua base o rompimento com toda a religiosidade européia da idade média. O renascimento, a reforma protestante e o cientificismo geraram um espírito questionador na mente das pessoas, elas duvidaram; e como Descartes, às vezes, até da sua própria existência.

A divindade judaica foi substituída pelo deísmo em Spinoza; a divindade no cristianismo foi martelada pelo ateísmo em Nietzsche; e a devoção muçulmana foi relativizada pelo agnosticismo (como negação da ideia de gnose e seus conhecimentos transcendentes), em Kant. Deixamos diversas religiões de lado aqui, como o hinduísmo e budismo; focando apenas nas monoteístas mais famosas, já que foram elas que influenciaram o mundo ocidental diretamente; e que através do mesmo prisma procuramos definir o nascimento do estado laico, que não se aplica a todo lugar.

Este conceito é nada mais que a separação do estado com a igreja, em linhas gerais; onde se procura sensatez no ato de governo a um povo; já que os extremismos vistos em “guerras santas”, “inquisições” e “indulgências” deixaram marcas horríveis; isso ontem e hoje.

As tentativas de resoluções foram diversas, dependendo do país, mas a procura por estados laicos veio em contrapartida aos extremismos decorrentes do grande fanatismo religioso, que se criou ao longo dos anos. A radicalidade, aliás, tema tão importante, que bem frequente é exposto no debate público, como centro de discussões éticas e morais; está ainda mais em alta no Brasil, país declarado laico.

No artigo 5° de nossa constituição federal temos a ideia de igualdade, um retorno ao lema francês, e uma alusão a liberdade conectada à vida; com foco no nacionalismo de Thomas Jefferson. A seguir, o mesmo documento declara no inciso VI:

É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias; (Brasil, 1988, p.8)

Vale citar a existência dos estados confessionais, que diferem do Brasil, como no Reino Unido e seu cristianismo anglicano, a Dinamarca com seu cristianismo luterano; mas ainda assim, ambos com liberdade religiosa, ao contrário do Butão e seu budismo tibetano, que tem marcado limites a práxis de outras religiões em seu território. Estados ateus, decorrente do comunismo e socialismo, se opõem a laicidade, exemplo: União Soviética (URSS), Cuba, China, Coreia do Norte, Camboja, etc. Já os estados teocráticos não ficam de fora, como o Vaticano e o catolicismo, e diversos países árabes, com o islamismo.

 

iv.                O Brasil não é uma ilha!

Nos encaminhamos para um momento crucial, pois falaremos de nossa nação de modo mais específico. Quando olhamos demais para o nosso próprio umbigo perdemos a noção da realidade, pois colocamos sem perceber as algemas e a venda; voltamos para o fundo da caverna. Nós temos uma ideia natural, de que comodidade tem tudo a ver com felicidade; e nós amamos muito tudo isso.

Somos um povo acalorado, enérgico, vibrante; e isso é muito bom. Mas, a parte complicada é que somos assíduos, talvez, apenas para algumas situações de interesse próprio. Nosso país possui uma irmandade com diversos países; isso devido ao grande número de imigrantes aqui presentes em nossas terras. Se tornamos um país hospitaleiro a pessoas que perderam tudo que tinham em sua terra natal. Os estrangeiros se tornaram comuns em nosso meio; os nossos sotaques se misturam, e dialetos foram se tornando cada vez mais fortes. Tudo isso enriquece muito a cultura, pois sem sair de nossa cidade conseguimos conhecer diversas pessoas e seus diversos pensamentos e peculiaridades.

Mesmo assim, ainda segmentamos; discriminamos, e isso por não conhecemos a história de pessoas, de um povo, de uma nação. Muitas pessoas fugiram de guerras, da fome, da falta de oportunidade, avistando no povo brasileiro a esperança de um futuro melhor. E nós, o que vemos neles? Não somos uma ilha, somos quase um continente!

 

v.                  O Reino de Deus é total, e a igreja é apenas uma.

A Igreja fundamentada em Cristo Jesus é apenas uma, e não tem absolutamente nada, mais nada haver mesmo com as simplificações contemporâneas e anseios modernos. Não vamos à igreja, somos a igreja, juntos, unidos, como um corpo de membros diferentes, que se move de modo inteligente; já o cabeça é o próprio Cristo. Ele é o desejado das nações, e em si faz na diversidade, unidade. 

A Igreja que descrevo é total, e nunca parcial; ela não substitui doutrina de Cristo por costumes alheios à sociedade, e mais, ela se posiciona, pois tem a mente renovada. Ela não é apolítica, mas também não se inclina de um lado para o outro, pois prossegue para o alvo. Mas, para fundamentar nossa fala sobre a totalidade, ouça alguns textos bíblicos que o pastor Davi Lago expôs numa conversa sobre o Reino de Deus.

“Por que Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3.16)

Tudo que tem vida louve ao Senhor!" (Salmo 150.6)

“Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo". (Lucas 10.27)

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo!” (2 Coríntios 5.17)

“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas”. (Mateus 6.33)

“Porque está escrito: Por mim mesmo julgarei, diz o Senhor, diante de mim todo o joelho se dobrará e toda a língua confessará que sou Deus”. (Romanos 14.11)

“Finalmente, irmãos, tudo que for verdadeiro, tudo que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”. (Filipenses 4.8)

“O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (1 Coríntios 13.6-7)

Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, que eu lhes darei descanso”. (Mateus 11.28)

Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. (2 Timóteo 3.16-17)

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”. (Romanos 8.28)

A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém”. (Apocalipse 22.21)

Ela anseia pela compreensão dos ditos cristãos, clama ao menos por sua oração. Quem? A parte da igreja que tanto sofre, a igreja perseguida. Veja, não é outra igreja, é a nossa igreja, esta, que deve manifestar o reino dos céus. 

E a igreja dos discípulos de Jesus deve verificar se mostrou o amor de Jesus àqueles que o mundo rejeitou e desonrou, amor que visa proteger, conservar e sustentar a vida. Do contrário, de nada adiantará a adoração mais correta, a oração mais piedosa ou a confissão mais corajosa; isso será usado contra ela, porque abandonou o discipulado de Jesus. (BONHOEFFER, 2016, p.98)

E para que tudo isso? Para que a fé floresça em nós. O ministério portas abertas atua a 40 anos no Brasil, fora em outros países; mostrando como é comum a perseguição de cristão ao redor do Mundo, e o como a repressão aumenta nos índices, com relatos tamanhos e diversos.

Olhando apenas para o mundo islâmico, a infidelidade aos preceitos soberanos é o grande expoente da perseguição os cristãos. Mas, seguimos a orientação do irmão André, fundador do ministério Portas Abertas, que diz: “Só é possível dizer que a perseguição acontece por causa de Cristo se, depois de todos os esforços para apaziguar a situação, você continuar sendo atacado”. (BOYD-MACMILLAN, 2017, p.57, grifo nosso).

Isto quer dizer que ofender primeiro ou por último não caracteriza perseguição por causa de Cristo, já que estes são ovelhas do um bom pastor. Em geral, perseguidores e perseguidos precisam ser atendidos, ainda mais por aqueles que são servos de Cristo.

 

vi.                Conclusão.

Vimos que a perseguição religiosa aparece na Bíblia com ênfase no apóstolo Paulo, que experimentou os dois lados da moeda, do perseguidor a perseguido. Depois vimos o Islã no seu fundamento, já que não daríamos conta de tratar de todas as suas ramificações atuais. Esta religião foi o cerne do trabalho, pois a colocamos ao lado do discípulo de Cristo, que antes de mais nada se opõe ao evangelho sem cruz, e depois, faz o mesmo a crença muçulmana.

A tentativa de equilibrar as tensões entre estas duas crenças, a falta delas ou mesmo a adesão de outras vem com a separação do estado com o religioso em algumas nações; é a atuação da laicidade com sua bandeira pluralista levantada com o braço da liberdade.

Todos estes temas acima não são distantes de nós brasileiros, não são cenas apenas da televisão; são realidades todas próximas em nossa cultura múltipla; pois não somos uma ilha. Então, independentemente de sua crença é válido a nossa indignação não apenas filosófica, cognitiva, mas prática; em olhar e ajudar, cuidar e servir, os que tanto sofrem. Começos internos, mas de olhos abertos ao que acontece no Mundo é um bom início. Usemos de nossa liberdade para atos nobres, e não para controle, consumo e indiferenças.

Encerramos o trabalho instigando a igreja brasileira, que é parte deste todo global; nossos irmãos sofrem, pois não possuem o direito da fé, quer dizer, a uma fé diferente à imposta em seus círculos familiares e sociais. Que nós possamos nos colocar em seu lugar, e nos compadecer, para ao menos refletir no qual desumano isso é. Se queremos um mundo melhor, no mínimo, devemos se opor a visões totalitárias, e militâncias que não dialogam com ninguém. Se deve fugir de qualquer pseudo jihad; e sua pregação revolucionária e sangrenta começando de agora, no microuniverso, em nossos ambientes, sempre contra o terror; para que de modo macro possam se opor ao ódio, sendo receptivos em amor; se atentando onde há apenas medo, tristeza e horror.

O islã não tem a intenção de confiar seu governo a um único Estado ou a um grupo de países. A meta do islã é provocar uma revolução universal. (MAUDUDI, 2013, p.279)

 

vii.              Referências.

1. O livro das religiões. Editora Globo. 

2. O Livro da política. Editora Globo. 

3. Bíblia NVI Internacional. (Trilíngue)

4. Imitação de Cristo: Tomás de Kempis.

5. Discipulado: Dietrich Bonhoeffer.

6. O Custo do Discipulado: Jonas Madureira.

7. Fé: Ronald Boyd-Macmillan.

8. Constituição Federal de 1988.

9. https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/04/quatro-perguntas-e-respostas-para-conhecer-o-islamismo.html

10. htps://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-o-que-e-o-estado-laico/

11. https://portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/o-que-significa-ser-infiel-apara-os-muculmanos

12. https://www.youtube.com/watch        =82WqFWbtd7U&list=LLZC1VN6WsfpEl4S32h9jMfQ&index=591

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