quinta-feira, 9 de abril de 2020

TEx 20 - Mensagem de Páscoa.

(T03 – 2017, Atualizada V)


i. O começo.

 

Deus instruiu Arão e Moisés a um reinicio, aos hebreus. De início lhes dão algumas diretrizes sobre matar animais e usar o tal sangue para passar sobre os batentes das casas para que o “anjo da morte” não entre. A páscoa é a lembrança sobre a morte e o silêncio, porém, também, sobre o alento e a esperança. (ver Êxodo 12.1-20)

 

O êxodo foi o maior deslocamento de pessoas da antiguidade; pois de um dia para o outro 430 anos foram deixados para trás, e mais de 600 mil homens abandonaram a terra de aflição e dor. Orientações sobre os cuidados com o alimento e quem poderia participar das refeições do pessach¹ foram dadas também, com uma atenção forte à circuncisão daqueles que não eram hebreus, pois, estes eram de origem diferente, que não conheciam o Deus de Israel.

 

A primeira páscoa é passada em meio ao deserto. Ela é relembrada pelo próprio Senhor, onde ordena a sua celebração, comemoração de acordo com as instruções passadas. É dada ainda uma ênfase aos que estão "impuros" ou em viagem em relação ao povo. (ver Números 9.1-14)

 

Cerca de 3500 anos se passam, e a data se firma como fundamental na mentalidade israelita; até o que se tem como sêder², toma proporções universais. 

 

ii. O novo começo.

 

No entanto, temos a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo como a lembrança mais forte do senso da páscoa para o mundo ocidental hoje; e em particular, não creio que isso seja por acaso. As raízes judaicas relembradas e estendidas pelo Messias é algo que parece ir além de uma simples combinação de datas religiosas importantes. (ver Mateus 26.1-5)

 

Entretanto, a mensagem de um “deus” não tão bom ao ponto de vista de alguns é algo a se pautar, pois um "senhor" que matou primogênitos de toda uma nação, afim de que somente assim o Faraó Ramsés liberasse seu povo; parece não ser um motivo convincente, ou uma das consequências da páscoa que atualmente se reconhece.

 

Parece que falta algo para que essa celebração se torne mais significativa e menos obscura, até pelos céticos e leitores unilaterais da Bíblia. Aqui, é preciso fazer a pergunta correta, pois com objeções assim, a beleza da obra vicária do homem de dores se torna um tropeço circular ao caminhar. 

 

Então, lembra de algo mais?

Antes do domingo, no sábado de séculos atrás houve: dor, medo, aflição, angústia, sofrimento e desespero humano, isto é o que a morte vencida predita, total silêncio. (ver Marcos 15.37)

 

iii. O fim é só o começo! 

 

Mais de 2000 anos depois do silêncio total estive na Hillsong São Paulo, e ouvi uma mensagem instigante na sexta-feira santa de 2017. Algo essencial, limpando muito da obscuridade aqui citada. Então penso; não existe separação entre Deus e os homens, logo o fim é só o começo! Reflita também.

 

a. O véu se rasgou para que humildemente possamos vir a Ele. (ver Mateus 27.51)

b. Ele não hesitou em sofrer em nosso lugar. (ver João 13.1)

c. Jesus nos faz conectar com o Pai. (ver João 14.6)

d. O castigo que nos traz paz estava nEle, e as suas pisaduras nós saram. (ver Isaías 53.5)

e. O pecado que nos separou do Amor, a Cruz nos reconciliou. (ver Romanos 8.31-39)


Que a sua páscoa seja significativa, pois ela iniciou-se com o Deus, YHWH³, que cria e dá sentido às coisas, se revelando nas questões, ações e soluções. Se mostrou em Cristo, que completou tudo na Cruz; na questão e dúvida sobre as coisas, a ação do “silêncio” em resolução. Mas, na solução o brado de consumado, pois, não há mais morte!

E ainda hoje, o espírito santo (vicário) nos faz testemunhar da sua vitória suficiente. Ele vive! Glória ao único digno!


(Complete ouvindo: Isaías 53 - Projeto Sola)


Notas. 


¹Festa Judaica que comemora a saída/ passagem do povo hebreu, das terras do Egito para a terra prometida; intermediada por Moisés.


²Cerimônia judaica ou jantar cerimonial que ocorre na primeira noite ou nas duas primeiras noites do Pessach.


³Conhecido como tetragrama de Moisés, é o nome em hebraico do Deus bíblico do antigo Reino de Israel. 



Por: Jefferson de Melo.


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