quarta-feira, 30 de outubro de 2019

T10 2019: A Mente

Em Arthur Fleck, Michael Scofield, Sergio Marquina e Walter White.


Sumário:


I. Quem dita o que é o normal? (OK)

II. O coração tem o seu lugar. (Sentimentos, emoções e equilíbrio)

III. A realidade, a ficção e a relação. (Crise existencial e a falta de sentido)

IV. A responsabilidade Intelectual. (Pensar, duvidar, refletir) 

V. Desdobrar a mente dos personagens. (A nossa doença e a Insuficiência de ser bom)

VI. O Evangelho como resposta para a humanidade.


(*Atenção: Este é o texto inicial, logo ele apenas introduz a discussão sobre o tema acima*)



I. Quem dita o que é o normal? 


Nós, por muito, temos a tendência em não seguir as próprias motivações, e isso é bem natural. Devido ao fato de não conhecermos a dimensão do universo que nos cerca, e as suas múltiplas esferas, resolvemos pela lógica se assegurar em algo mais firme que nossos pensamentos. Isto é suficiente para questionamentos de modo emergente sobre o que envolve cada um de nós; colocando os nossos suspiros "intencionais" contra a parede; mas, é justamente nessa pressão, somente através dela que geralmente se aprofundam os fundamentos para as posteriores respostas. Aqueles que não foram, e não se sentem apertados a responder, estes respondem com seu silêncio, aceitando as circunstâncias sem reflexão alguma aos ditados decorrentes da vida.


A norma é o comportamento padrão em meio a um sistema orquestrado, onde o mesmo diz o que é o padrão (ou, o que deve ser repetido, na matemática ela seria algo como a constante). Esta discussão antecipa, pois, o que podemos pensar em ser um estado de loucura nosso, por exemplo, pode muito bem ser um discurso emergido de diretrizes de botequim (senso comum), ou mesmo uma inundação acadêmica (cientificismo), com motivações internas, e no final você está só sendo um ser humano em meio às circunstâncias humanas; tenha muito cuidado com tudo isso, e as pseudo conspirações.


Uma observação importante: Não quero subjugar se um caminho é bom e outro ruim (com relação ao cientificismo e senso comum), e polarizar, não é a ideia aqui; porém, que elas não devem ser as únicas possíveis respostas a todos em vida, mesmo que aparentam. Logo, isso deveria nos fazer pensar, pois, ninguém é melhor por ter suas filosofias vindas de algum desses lugares, minus.


Porém, alguém sempre irá dizer o que é o normal, a média, para originar o que está acima ou abaixo. Este pode nesse momento ser você, com relação ao próprio e ao próximo; logo, mais uma vez digo, isso pode ser bom, mas, muito ruim. (Via perigosa, independente do sentido). Em geral, mesmo sem perceber damos ouvido a um, ou a outro; dificilmente a nós mesmos; é a influência. Abrimos mão rapidamente da reflexão (sem hipocrisia, concorda?), às vezes bebemos dos dois cálices para mostrar o quão politicamente correto somos, (no geral, um absurdo) aparentando que não somos bobos em meio ao que se está dizendo, com a máscara de normais, anormais e anarquistas, seja lá o contexto.


Pergunto: Tem problema em ouvir a norma e segui-la? Ou tenho que me rebelar sempre, pois sistemas foram criados para serem quebrados, e a balbúrdia deve ser a nova palavra de ordem, claro! Para o progresso.


Acredito que ignorar a normalização é ignorância pura e simples, tudo segue uma regra. Acreditar na desordem e caos para além da arte é difícil até de imaginar, pois, um mundo onde não há regulamentação e que tudo é possível não vejo nem nas HQ 's. Até em Westeros, Krypton, Wakanda e Asgard tem leis, mas nós, por algum motivo, queremos viver sem nenhuma, não é verdade? E devido a que? A não funcionalidade de algumas (Constituição de 1988). Na resposta nossa de cada dia em cuspir no prato, prato em que muitos comeram, mas por se acharmos os tais, revolucionários sei lá do que, ousamos criticar; não coisas pontuais, mas absolutamente tudo e todos, cometendo a gafe da generalização desacerbada, logo, errada de que a política e a religião por exemplo, devem ser objetos de ódio daqueles que querem ser livres, e que ambas retrocedem a sociedade e a sua mentalidade, então, a norma deve ser estabelecida por meio da 'cultura' para a 'anomalia' se estabelecer e crescer.


"O meu monólogo é melhor que qualquer diálogo." (Autoritário normalizador)


Voltando à questão inicial, muitos ditam a norma, ou as normas, normal. O que não deveria ser é a nossa submissão inquestionável a tudo que se diz, ou a negação fria de tudo também, pois se é para fazer isso coloque algo sustentável no lugar (se possível). O erro é ignorar tudo com um grande vazio; daqui crie dizeres, pense em algo, não se ignore. A sabedoria diria para você e eu ouvirmos as máximas possíveis, e seu viés antes de aceitar algo, ou mesmo dizer qualquer coisa, para que possamos ver que a nossa honrosa "autenticidade" é tão ridícula quanto o muito do que se tem por aí; pois não seremos nós o herói. Desculpe!


Criamos personagens em nossa mente para preencher estes universos sem normas, ou melhor, segundo as nossas próprias, no discurso de que tudo é válido para ser feliz. Não é mesmo?             

Uma felicidade lunática, será ela possível? A de ser muito rico e nunca estar enfermo? (Para hoje só a intrínseca psicologia da autoajuda, de motivação responde isto de modo maravilhoso)


A problemática segue, e concluo dizendo que se é para regular a norma, pense em reforma, e não em destruição, você não é um militante do ISIS. Entenda primeiro, os seus princípios, e se coloque no lugar das minorias e da perda. Talvez assim percebemos que muita coisa é excelente, mas devemos descobrir. Sem o dialeto do ódio, com o pessimismo da demonização. Prefiro a renovação da mente, e o bom estado de espírito para encarar o realismo, sem a necessidade das utopias do otimismo. Se muitos dizem/ dirão o doido que você é, que pelo menos seja para estabelecer no "diferente" um significativo indício de ordem, e não o irreverente caos.



Se perguntarem se você é normal, não responda a pegadinha.

Duvide: Normal ao que?

Em seguida se o chamarem de anormal, diga:

Minha norma seguida, é por ti desconhecida.

Mas se não tiver afim, piloto automático. Acene e sorria.

Deixem outros se preocuparem em modelar as coisas para você.



Por: Jefferson de Melo.

2 comentários:

  1. Argumentos sólidos,e bem colocados,e um ponto de vista amplo, ótimo texto

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    1. Agradeço pelo cometário, que bom que gostou; Obrigado.

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