sexta-feira, 13 de setembro de 2019

T 2018: Um eu segundo Deus.

Não posso recuar, sem medo. Depois de concentrar na importância de refletir, sentir, presumir e se questionar, abri o jogo sobre “um deus segundo eu”, ou nós, e mostrei algumas ideias sobre o divino (depois leia). Logo, já é hora de dizer o que nós somos segundo Ele, o outro lado; e é preciso temor e tremor para isso, pois não quero inferir em nada nessa dialética que veio e vem de forma vertical (dos céus a terra), e envolve uma dimensão horizontal (relação humana), onde temos em cada um a revelação da multiforme de Deus, mesmo em singularidades, juntas trazem algo, como um quebra cabeça. Em pelo menos um aspecto somos iguais; no sentido de que nada nesta realidade presente irá saciar a fome que nós temos; contarei um segredo, você já deve saber. 

Ansiamos pela eternidade, todos nós, pois não nascemos para morrer, não para sempre. Acredita? E esta é uma grande pergunta: Se a morte aqui é certa, o que faremos com a nossa vida? Deixar um legado pode ser uma boa resposta. Mas, qual a motivação para isso? Ser uma referência mesmo morto? Enfim, posso ignorar todo esse papo de que a vida é significativa e viver adoidado segundo minhas regras, “nada acima de mim”. Apenas algumas jurisdições de ordem. Ainda assim assumo que é necessário a Metafísica, o transcendente, já que o parâmetro de certo e errado não pode vir do consenso humano, que é tão desequilibrado. Um mundo sem leis também é “terra de ninguém”, onde cada um acredita em uma das diversas possibilidades do que é uma vida plena e cai em loop de verdades.

O soberano Deus, aquele do livro antigo, a Bíblia; este cria o homem, e não o faz de marionete. E por um tempo no Éden o que se tem de padrão do que é perfeito é vivido. Segundo Deus somos sua imagem e semelhança, você querendo ou não carrega esse problema com você. Escolhemos o que iremos fazer com essa responsabilidade. O caráter de Deus foi expresso por um humano, e se isso é um absurdo para você, eu concordo. Até seguir a narrativa não conseguimos permanecer nesta expressão; a insuficiência vem à tona, e cedo se tem que sozinho não é possível. Um paradoxo que até um menino nascer em Belém, província romana da Judeia, se perpetuou no intelecto de muitos. A dualidade então começa através de um homem que viveu naturalmente até uma certa idade, e demonstra; sua teoria não diverge da sua prática, nEle é manifesto o sobrenatural, ensinando sobre um tal Reino de Deus, o do seu Pai.

Nas palavras de Lewis: “... Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la”.

Neste homem a possibilidade do eterno de nossos corações, a do Éden outra vez, a expressão do caráter de Deus. Na sua morte há vida; e a memória da forma vertical e horizontal acima; A Cruz em sua imagem e numa metáfora pode fazer entender, que foi na intersecção onde Cristo dividiu a história. Mas ainda posso ignorar tudo isso como muitos desde o Iluminismo e outros grandes e importantes movimentos, mas sem um Deus nem haveria um eu/ ou um nós. Não o criamos em nosso subconsciente para terceirizar o que não conhecemos, pois se fosse assim poderíamos viver sem as dúvidas, bastaria oferecer algo que ele quer/ ou precisa. O Deus, YHWH não vem através de nossos esforços, Ele na verdade se revela servindo e procurando o ser humano, respeitando aqueles que ainda o negam, porém, mesmo assim, deixa os seus, e numa atitude ousada corre em busca daquele que não o encontrou; se ao menos pararmos de fugir e aceitar a identidade de filho amado, qual Ele tem muito prazer!

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”. (Romanos 8:35-37)

 

Por: Jefferson de Melo


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