sexta-feira, 13 de setembro de 2019

T08 2019: Reflexões de Discípulo Radical de John Stott.

(Motivador para lermos bons livros, que implicam diretamente a vida)


[c.1: Inconformado]

Olhando com carinho para este livro; vemos suas palavras expondo em primeira instância o confronto do discípulo/ cristão, e seu radicalismo. (Original)

O autor o conflita com as correntes do pluralismo, materialismo, relativismo e narcisismo da atualidade; este conjunto que não suporta andar de mãos dadas com o sujeito bíblico, porém ressalta se que:

“Não devemos preservar nossa santidade do mundo, nem sacrificá-la nos conformando a ele”.

 

[c.2: Semelhança de Cristo]

Parece que muitos clichês orbitam o modo de vida do cristão, e uma distância ao próprio Cristo é criada, havendo uma necessidade urgente de retorno. Mas, a que? A sua ENCARNAÇÃO, SERVIÇO, AMOR, LONGANIMIDADE e MISSÃO.

Pois, é bem possível que as muitas palavras e/ ou a falta delas podem ter bem pouco a ver com o estilo de vida do homem da cruz; pois, para este modo tão glorioso é necessário o Espírito Santo, a fim de nos guiar e transformar.

"Se vocês, cristãos, vivessem como Jesus Cristo, a Índia estaria a seus pés amanhã".

 

[c.3: Maturidade]

O aspecto que separa os homens dos meninos é a maturidade, isto em qualquer eixo; mais ainda no espiritual. Aos que seguem a Cristo é necessária clareza sobre o Jesus autêntico; pois as raízes devem ser firmadas, para que não possamos confundir o mestre com outras vertentes que nos distanciam do caminho, da verdade e da vida; algo revelado na própria Bíblia Sagrada.

"Nada é mais importante para um discipulado cristão maduro do que uma visão renovada, clara e verdadeira do Jesus autêntico".

 

[c.4: Cuidado com a criação]

Mesmo que o seu ponto de partida não seja o criacionismo, é de notar que o cuidado com a natureza é uma preocupação de quase todos os seres humanos, independentemente de seu credo. A mordomia com relação aos recursos que nos foi disponibilizado, e o não abuso (que está gerando a morte) deve ser pauta nossa de cada dia, pois se trata do nosso presente, e do que deixaremos para o futuro.

Para aqueles que se dizem cristãos, temos um histórico de revelar o caráter de Deus por meio de lutas contra a fome, doenças, miséria, escravidão, violência, etc. Hoje devemos adicionar as estas o cuidado também com o meio ambiente; e isso não é papo de ecologista.

 

[c.5: Simplicidade]

Neste momento o estilo de vida é acionado, mas do que vultos de boas ações o discípulo é chamado a uma vida totalmente simples e generosa, negando o triunfalismo estranho de alguns. Vemos isso em Jesus, que se esvaziou de toda a glória, para viver entre os homens, e como homem.

Este modo de vida inspirado em Cristo traz o entendimento de que não somos senhores do que temos, mas bons administradores, a fim de servir o oprimido e ajudar o opressor. Seus bens não são de utilidade para esbanjamento, ou senso de propriedade que por muito divide o corpo de Cristo, sua Igreja.

A economia ensina a distinguirmos necessidade de regalias; e este conselho é para aqueles que não estão em extrema pobreza, e nem em extrema riqueza a princípio; são vocês (nós) que serão (seremos) os motores de uma perspectiva nova com relação a um sistema falho e corrupto, hoje vivido.

"Quando os cristãos se importam uns com os outros, e com os pobres, Jesus Cristo se torna mais visualmente atraente".

 

[c.6: Equilíbrio]

Este é um dos assuntos que deveria nos unir, pois radicalizações por toda a parte se veste como resposta a uma sociedade doente de perguntas estranhas. Mas o livro é sobre o discípulo, e para o seu equilíbrio ele traz seis chamadas baseadas na primeira epístola de Pedro capítulo dois, verso um ao dezessete. Veja:

I. Chamados a crescer;

II. Chamados à comunhão;

III. Chamados à adoração;

IV. Chamados ao testemunho;

V. Chamados à santidade;

VI. Chamados à cidadania;

Estas chamadas são condições necessárias ao discípulo, uma parte delas é vivida de modo interior, na sua relação direta com Deus, porém, a outra parte é demonstrada na relação objetiva com outras pessoas (Comunidade). Então, ouse a voz do alto a lhe dizer ...

 

[c.7: Dependência]

Como conseguimos depender de coisas, e não de pessoas?

Este somos nós, e nossos valores esquisitos num mundo pós-moderno. Entretanto, o discípulo é chamado para depender de Cristo primeiramente, pois autonomia deliberada não é uma opção para ele. Além disso, a dedicação às pessoas atreladas a ideia de que somos seres sociais deveria nos abrir para a dependência por relacionamentos, uma grande busca a nós peregrinos. Mas, a naturalidade dessas ações só pode acontecer por meio do amor, pois é quando se chega no meio da dor que a contestação é possibilitada. Sejamos todos dependentes, possibilitando dependência (da Graça de Deus). Amém.

 

[c.8: Morte]

Para alguns é na morte que se encontra o fim; já o paradoxo dos cristãos é outro, pois é apenas na morte que a vida pode se revelar. Esta filosofia enraizada nos escritos do Apóstolo Paulo mostra o que é a Vida em Cristo, e o que ela causa. Observe os pontos de implicações e desdobramentos desse conhecimento prático.

 

I. Salvação: Apenas por meio de Cristo, e através de sua misericordiosa graça é que somos salvos; Ele é que nos justifica de todo o pecado. A mais bela ação, que nos gerou vida, foi quando nele se implicou a morte.

II. Discipulado: Como salvos, algo é causado em nós; a negação de nós mesmos, a tomada de nossa cruz e o seguir Jesus. Esta é a peregrinação à morte dos discípulos, a fim de gerar vida.

III. Missão: Já salvo e caminhando nesta jornada uma preocupação em contribuir para com que outras pessoas entrem para esse modo de vida (rumo a morte) deve caber ao seguidor de Jesus; seu evangelho é o motor único para esta essencial ação.

IV: Perseguição: Por causa do nome de Cristo teremos aflições, (alguns sofrem esta perseguição todos os dias) principalmente em países da tão falada janela 10 por 40; mas eles, por muito resolvem ser fiéis até a morte. A boa nova não tem a ver com as glórias passageiras do aqui e agora, mas as futuras e eternas.

V: Martírio: Esta é uma ação nobre, aqueles que se compadecem por amor ao evangelho são observados de forma peculiar, pois é no seu sangue que o rastro a mensagem digna de aceitação encontra-se com o sangue de Jesus, isto se permeou ao longo da história. É para poucos, mas deveria estar em muitos que estão contidos no corpo de Cristo, a sua Igreja.

VI: Mortalidade: Por fim, comento sobre a imortalidade, realidade não mitológica, mas diante da Cruz muito real. Se vivermos no entendimento que este estado é eterno, a mortalidade física não se entrelaça ao medo. Uma existência parecida próxima às convicções dos apóstolos se fixará como raízes, e viveremos como estrangeiro, como um cidadão do Reino de Deus.

Então, o meu desejo a você caro amigo é a morte, morra em nome de Jesus! Para que Cristo possa nascer e viver em você, para a honra e glória de Deus.

 

Por: Jefferson de Melo


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