domingo, 30 de junho de 2024

ALGUNS CIENTISTAS CRIACIONISTAS

1. Um Universo criado por Deus 

Acreditar em um Universo “criado” por Deus, que fez uso da linguagem matemática, deveria na pior das hipóteses ser uma das possibilidades objetivas de explicação considerável a todo que existe. Os cristãos, que consequentemente são teístas, não precisam fazer suícidio acadêmico por partir de princípios bíblicos ao fazer ciência, já que o mesmo sabe diferenciar uma fundamentada tese, de rumores teóricos. 

O seu credo não está em jogo, por prosseguir em conhecer o ser humano e o mundo por meio das verdades divinas. O livro bíblico de Gênesis lança toda estrutura para o que chamamos de “Criacionismo”, uma concepção de que a origem de tudo que há só pode ter vindo de Deus. Muitas coisas foram reveladas, e é preciso investigação para serem descobertas; outras coisas estão encobertas, indicando as limitações para a exploração (Dt. 29.29). Contudo, podemos aprender com os cientistas criacionistas ao longo da história, que pressupostos são substratos pré concebidos, com o qual enxergamos o real. A partir de pequenas biografias selecionadas, citamos alguns a seguir, testificando o teísmo de todos eles, entendendo que esse fato não diminui em nada sua contribuição. 

2. Alguns Físicos Criacionistas

2.1 COPÉRNICO 
Nicolau Copérnico (1473-1543) foi um astrônomo, matemático, médico e religioso polonês. Desenvolveu a teoria heliocêntrica, na qual colocava o sol no centro do Sistema Solar. Explicou como ocorrem as estações. Mostrou que não vemos as estrelas na mesma posição celeste na Itália e no Egito, e nem podemos ver, do hemisfério Norte, estrelas que vemos no Sul. Apresentou relato pormenorizado dos movimentos da Terra, da Lua e dos planetas.

Nasceu em Torun, Polônia, no dia 19 de fevereiro de 1473, em uma família de ricos negociantes. Torun era um próspero centro comercial, e seu pai além de comerciante, era magistrado e líder municipal. Nicolau era o mais novo de quatro filhos. Ficou órfão quando estava com 10 anos, sendo educado por um tio materno, Lucas Watzelrode, futuro bispo de Ermlend. Copérnico se referia às vezes a Deus em suas obras, e não via seu sistema como em conflito com a Bíblia. Ele era um cristão, logo um teísta.

2.2 GALILEI 
Galileu Galilei (1564-1642) foi um matemático, físico, astrônomo e filósofo italiano. Fundamentou cientificamente a Teoria Heliocêntrica de Copérnico. Desmitificou lendas, estabeleceu princípios e causou uma renovação na história da Ciência.

Nasceu em Pisa, Itália, no dia 15 de fevereiro de 1564. Era filho de Vincenzo Galilei, um comerciante de lã e de Giulia Amnannati. Ainda criança, Galileu revelou capacidades raras. Interessado em artes, realizou excelentes pinturas e, com grande habilidade manual, fabricava brinquedos e engenhocas. Tocava órgão e cítara. Estimulado pelo pai, entrou na Universidade de Pisa a fim de estudar Medicina. Galileu disse expressamente que a Bíblia não podia errar, ele viu seu sistema relacionado ao assunto de como a Bíblia deve ser interpretada. Era cristão, e um teísta.

2.3 KEPLER
Johannes Kepler (1571-1630) foi um importante matemático e astrônomo alemão. Foi responsável pela elaboração das “Leis do Movimento Planetário” - as "Leis de Kepler". Aperfeiçoou invenções de Galileu Galilei e deixou importantes trabalhos que influenciaram nas futuras descobertas de Isaac Newton. Johannes Kepler nasceu em Weil der Stadt, cidade do sul da Alemanha, no dia 27 de dezembro de 1571. 

Seu pai era um soldado mercenário e sua mãe era filha do dono da hospedaria. Kepler era um luterano extremamente sincero e piedoso, cujas obras sobre a astronomia continham escritos sobre como o espaço e os corpos celestiais representam a Trindade. Ele era um cristão, também teísta.

3. Alguns Químicos Cristãos

3.1 BOYLE 
Robert Boyle (1627-1691) foi um físico e químico irlandês, considerado um dos fundadores da Química. Celebrizou-se como autor da Lei de Boyle, fórmula matemática que exprime como os gases se comportam sob pressão. Nasceu em Munster, na Irlanda, no dia 26 de janeiro de 1627. Era o décimo quarto filho do riquíssimo duque de Cork. Aos oito anos entrou para o Eton College, a maior e mais famosa das escolas preparatórias da Inglaterra.

Dedicou-se ao estudo do latim, grego, hebraico e siríaco, o que lhe permitiu, mais tarde, fazer extensos estudos da Bíblia nas línguas originais. Com apenas 11 anos iniciou uma viagem pela Europa, um toque final para um aristocrata inglês. Com 14 anos visitou a Itália, onde recebeu influência de Galileu, decidindo dedicar sua vida à Ciência. Boyle escreveu contra os ateus em seus dias (a noção de que o ateísmo é uma invenção moderna é um mito), e foi claramente um cristão muito mais devoto do que a maioria em sua época, logo um teísta.

3.2 PASTEUR 
Louis Pasteur (1822-1895) foi um cientista, químico e bacteriologista francês que revolucionou os métodos de combate às infecções. Entre outros trabalhos, estudou a fermentação do vinho e da cerveja, descobriu o processo de “pasteurização” do leite e criou a vacina contra a hidrofobia ou “raiva”.
Louis Pasteur nasceu em Dole, na região Leste da França, no dia 27 de dezembro de 1822. 
Seu pai servia como sargento do exército francês e depois de deixar o exército, se estabeleceu com um curtume. Ele era cristão, logo um teísta.

4. Alguns Biólogos Cristãos

4.1 CARREL 
Nasceu em 28 de junho de 1873 em Lyon e estudou medicina na universidade de sua cidade, onde se graduou em 1900. Entre 1894 e 1902, desenvolveu o método para a sutura de vasos sanguíneos. Emigrando para os Estados Unidos, iniciou na Universidade de Chicago experiências de transplante de rins em animais. No Instituto Rockefeller, pesquisou técnicas de conservação de tecidos em culturas de laboratório e conseguiu manter viva e em crescimento, durante 34 anos, uma porção de tecido cardíaco de um embrião de frango.

Na primeira guerra mundial, serviu como médico no exército francês. Voltando aos Estados Unidos, dedicou-se ao desenvolvimento de uma técnica de conservação extracorpórea de órgãos completos. A manutenção destes requeria uma contínua alimentação por sangue, ou por um líquido nutritivo substituto, por meio dos próprios vasos sanguíneos do órgão. Para conseguir a circulação contínua do líquido, Carrel desenhou uma bomba de corrente sanguínea imunizada (o "coração artificial").

Alexis Carrel publicou algumas obras de cunho filosófico, entre as quais L'Homme, cet inconnu (1935; O homem, este desconhecido) e o póstumo Réflexions sur la conduite de la vie (1950; Reflexões sobre a conduta da vida). Em 1938, deixou o Instituto Rockefeller e voltou para a França. Na segunda guerra mundial, colaborou com o governo de Vichy. Atacado por uma doença cardíaca, morreu em 5 de novembro de 1944 em Paris. Ele era um teísta, e também cristão.

4.2 COLLINS 
Francis Sellers Collins (Staunton, 14 de abril de 1950) é um geneticista dos Estados Unidos. Foi diretor do Projeto Genoma Humano e um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001, trabalhando no que há de mais moderno em torno do estudo do DNA, o código da vida. Com isso, tornou-se o cientista que mais rastreou genes com a finalidade de encontrar tratamento para diversas doenças. 

Collins, além de ser conhecido pelo seu compromisso com a investigação do mundo natural, é conhecido também por não deixar que sua profissão impeça sua fé religiosa; pelo contrário. Considerado um cientista religioso, se tornou cristão protestante aos 27 anos de idade. Entretanto, Collins rejeita o movimento design inteligente e abraça o darwinismo. Collins também tem defendido a chamada clonagem humana "terapêutica". Ele é um dos mais famosos teístas da atualidade.

5. Referências

https://www.ebiografia.com/nicolau_copernico/ 
https://www.ebiografia.com/galileu_galilei/  
https://www.ebiografia.com/johannes_kepler/ 
https://www.ebiografia.com/robert_boyle/ 
https://www.ebiografia.com/louis_pasteur/ 
https://biomania.com.br/artigo/alexis-carrel 
https://biomania.com.br/artigo/francis-collins 
http://www.monergismo.com/textos/apologetica/cientistas_famosos.htm 

(Texto apresentando em uma das trilhas da disciplina: Abordagens cristãs às áreas do conhecimento nas ciências exatas ...)

Texto próx.: 

A Sociologia a serviço da educação cristã (07.7)

A Interpretação cristã da história (14.7)

Síntese do Manifesto Comunista (21.7)

Por: Jefferson de Melo.


domingo, 23 de junho de 2024

A LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL E O CRISTÃO

  1. As Ideias fundamentais: Sob ombro de gigantes

Durante muitos séculos algumas ideias em relação a Astronomia se mantiveram. Uma delas era a explicação em relação à interação dos corpos celestes. Veja:

Para Ptolomeu, o Sol, a Lua e os Planetas se moviam em órbitas circulares a distâncias diferentes ao redor da Terra. (McGRATH, p.27)


A ideia do pensador se perpetuou durante séculos, até se observar que os planetas que orbitam o Sol, e não o contrário.

O astrônomo polônes Nicolau Copérnico publicou um livro defendendo que o Sol – não a Terra – ficava no centro do universo conhecido. (McGRATH, p.27)


Um matemático que, por meio dos seus estudos que envolviam a relação entre velocidade, distância e tempo, trouxe enormes contribuições para entender o universo. Galileu Galilei, por meio da cinemática, pode entender melhor a “queda dos corpos”, corrigindo o “lugar natural”, conceito aristotélico. 

Aquele que prepara o caminho para a lei da gravitação universal, é Kepler, que trouxe algumas leis importantes. Em síntese, as (1) Órbitas Elípticas entre os corpos não são circulares, e a (2) Área percorrida entre os corpos é proporcional ao tempo de percurso.  

Kepler mostrou que a Terra e outros planetas traçavam, na verdade, órbitas elípticas ao redor do Sol em velocidades variáveis. (McGRATH, p.27)


  1. Sir Isaac Newton


A. Breve Biografia de Newton

Sir Isaac Newton (1642-1727) nasceu no dia de natal. Foi um jovem com baixo rendimento escolar, problemas familiares, porém, com muita disposição para criar. Anos mais tarde formou-se na Trinity College, Cambridge, presidiu a Royal Society e foi integrante do Parlamento britânico. Estudava Teologia e Alquimia com o mesmo afinco que estudava a Física, de modo dialógico. Era apaixonado pelos estudos de Euclides, e influente de Descartes, Kepler, Viète, Galileu, Fermat, Huygens, etc.

Na Matemática ele encontra segurança e refúgio. Dentre o período de pandemia da peste negra, aprimora ideias, e contribuia em diversas áreas, a qual chamamos atualmente de Binômio de Newton, Fundamentos do Cálculo Diferencial e Integral, Séries e Ótica.


               B. A Lei da Gravitação “Universal” 

A atração entre corpos, seja em relação a uma maça ou a lua, fez com que de forma empírica, a gravitação se tornasse um dos grandes motivos para explicação de fatos importantes da ciência, como a força alterando a distância. Mas, é bom lembrar que não é um efeito natural, que resulta na atração dos corpos.

Ele [Newton] explicou como toda matéria exerce uma força atrativa – a gravidade – que puxa outras matérias para seu centro. É uma força universal, cuja intensidade depende da massa do objeto. (2021, p.50)


Para tal lei, com pretensão universal, há um equação matemática, que permite resolver problemas referentes à força, onde o produto das massas, vezes a constante de gravitacional (G) dividido pela distância ao quadrado, observe: 


As massas influenciam a atração gravitacional dos corpos, ideia que pode ser aplicada não somente a pequenas partículas, mas a grandiosas, como os planetas. Assim, procurando entender seus movimentos, os seus mecanismos. 


  1. Cristãos e o não conflito Científico

Existe uma ética cristã, e seus pilares para o pensamento. Um deles estaria no dito de que a ciência explica muita coisa, mas não pode explicar tudo; e Newton sabia disso. 

Em primeiro lugar, o próprio Newton aceitava (espera-se) a perspectiva newtoniana, mas não aceitava a teologia da não intervenção divina. Ao contrário, ele acreditava que Deus dirige providencialmente o mundo e ajusta regularmente a órbita dos planetas. Segundo seus cálculos, se não o fizesse, tais órbitas seguiriam uma trajetória espiral rumo ao caos. (PLANTINGA, p. 81)


Plantinga mostra a pretensão de Newton com a mecânica clássica, um sistema fechado, onde não nega Deus. Se isso existe, uma intervenção não desabilita os padrões matemáticos. Logo, crer em Deus, que atua em modo natural, e também de forma sobrenatural, não afetaria em nada a relação da ciência com um Deus criador; aliás, harmonizaria mais ainda. No prefácio de sua magistral obra Principia (1687) o cientista revela suas pretensões, fruto de suas afeições. 

“Ofereço este trabalho como os princípios matemáticos da filosofia, uma vez que toda a tarefa da filosofia parece consistir nisso: partir dos fenômenos dos movimentos para investigar as forças da natureza, e, em seguida, utilizar tais forças para demonstrar tais fenômenos”. (HOOYKAAS, p.72)



  1. Referências

"Diversos". O livro da física. Globo. 2021

HOOYKAAS, R. A religião e o desenvolvimento da ciência moderna. Monergismo. 2021 

McGRATH, Alister. Uma Teoria de tudo (que importa). Mundo Cristão. 2019

PLANTINGA, Alvin. Ciência, Religião e Naturalismo. Nova Vida. 2018


(Texto apresentando em uma das trilhas da disciplina: Abordagens cristãs às áreas do conhecimento nas ciências exatas ...)

Por: Jefferson de Melo.



segunda-feira, 10 de junho de 2024

O CRIVO DO DISCÍPULO

Neste semestre, na aula, surgiu uma questão muito interessante. Válida para todos os discípulos de Jesus!

Quando nos deparamos com grandes perguntas, ou dúvidas pertinentes a nossa realidade; o que devemos fazer? 

Há uma mania, em respostas prontas, clichês e jargões - em nosso meio. Muitas vozes, opiniões e subjetivismo. Até mesmo, de nossa parte. O tal, "eu acho (...)". 

É aqui, a raiz. O discípulo não deve se preocupar com as tendências modernas. Ele, na verdade, as entende, e interpreta o seu tempo; procurando ouvir e viver as Escrituras. 

Meu papel, aqui, é só um. Ajuda-lo a pensar biblicamente, com uma mente renovada; com o coração acalentado pelo Espírito Santo. Mas, na prática, é cada um que deve responder, as suas questões cotidianas. 

Para isso, vale um crivo (critério), que utilizo, por julgar ser simples, profundo - de acordo com o que Deus espera de todos nós. 

Em frente a qualquer dúvida, podemos aprender com o apóstolo Paulo. Responda:

1. Será para a glória de Deus? 
(I Coríntios 10.31) 

2. Servirá bem ao meu próximo? 
(Gálatas 5.14, Romanos 15.2)

3. Edificará a minha vida? 
(I Coríntios 10.23)

Reponda nesta ordem!

Se em todas as respostas forem, sim, sem titubear, vá, e faça! Em nome de Jesus. 

Mas se causou dúvida, desconforto e medo - repense, análise e não faça! 

Há muitas coisas que a palavra já declarou - irá acontecer; e nem com a mais incisiva oração - ela irá retroceder. Logo, reflitam, nas respostas que estamos expondo!

Espero que ajude!
At, Jeff.