terça-feira, 15 de dezembro de 2020

TEx 20 - Humanas, para que? A necessidade de fiscalização pública!

Nosso país, não de hoje, está longe de ser um grande fomentador das ciências, e das boas análises. Nos dias atuais, em meio a pandemia, só se tem criado mais dificuldades frente a isso. 


De onde tiro essa ideia? A priori, da falta de valorização do cientista em nossas terras; fazendo com que o jovem prefira qualquer formação; menos a de pesquisador. Não o atrai. Mesmo assim, existem outros problemas. Como a parcialidade, e a "pseudo" valorização a temas do eixo tecnológico e inovador, fazendo com que apenas essa área seja chamada de ciência no senso comum.


Como professor de Matemática, entendo a relevância de tal eixo, porém, atento, que antes da matemática, e uma supervalorização das "ciências naturais" e das "exatas" sou professor, um humano que se preocupa com outros seres humanos.


Percebo que as "exatas" não resolvem tudo. Ela não pode ser colocada em pedestais. Veja, ela no máximo apresenta "o para quê das coisas"; porém a filosofia, diferente, se preocupa com questões mais profundas; como "o por que das coisas".


A "ciência" voltada para a resposta técnica apenas, é fraca e frágil. Não se preocupa com nada, além do pragmático. E é nesse caminho que a falta de estudo e pesquisa na área das ciências humanas faz uma enorme falta. No caminho de respostas prontas, perdemos mais sentido e significado.


As "exatas" dá uma falsa impressão de solução única e absoluta para as perguntas modernas. Já paradoxos e dualidades são evitados por alguns, fazendo necessário o diálogo; para entendermos um pouco mais sobre nós, e o mundo à nossa volta.


Então, é necessário a pesquisa! E de várias ciências. Do vasto campo, a iniciais e prematuras; já que o estudo tem o seu lugar, e não apenas parte dele. Médicos e Engenheiros são tão importantes quanto filósofos, poetas e linguistas. Se isso não for verdade o nosso problema é maior do que imagino, pois, de onde se origina a ciência política mesmo? 


Um Exemplo da necessidade de uma análise voltada a ciências humanas.

 

No dia de eleição, principalmente, conferimos o quão difícil e complicado é a função do fiscal. Poucos entendem a importância e relevância deste papel, e do seu desempenho, principalmente no serviço público.

 

Mas, para indagar, questionar ou duvidar toda hora, é preciso verificar, ou acompanhar. Isso é o papel de um fiscal, e não fingir "produtividade" andando para lá e pra cá sem saber o que está havendo.

 

Não é ser "chato" e incomodar o trabalho dos outros; antes, é fazer o seu papel. E acredite, todo cidadão é um fiscal, aceitando você ou não. O fiscal faz isso a sua conduta, ele se submete a um princípio ético prioritariamente, e depois procura caminhar neste ato, já vivido, de maneira pública.

 

A fiscalização deve se tornar tão normal, ao ponto de não precisar aparecer no cerne da cidade. Como isso? Quando preciso remunerar um fiscal para verificação, isso em grande massa; já é revelado o como somos problemáticos, necessitando um estudo comportamental, humanístico. Mas, e quando os fiscais são os que rompem com os princípios, e necessitam ser mais averiguados que o próprio eleitor. Aí o problema se torna sistêmico; e ainda assim, das ciências humanas.

 

Aí está, apenas um dos “milhares” de relevantes temas das ciências humanas; pois se essa não é uma pergunta norteadora e provocante dos homens, não sei qual seria, já que por mais que seja um apreciador de novas tendências, entendo que ela não advém vazia. 

 

Respondendo ao tema, "Humanas, para que?" posso ao menos dizer: para pensar melhor, revelar problemas que possivelmente tem mais de uma resposta; e que geralmente começam no ser. Em última sentença aqui, para promover um viver melhor.


Por: Jefferson de Melo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário