terça-feira, 22 de dezembro de 2020

T12 20 - Aos eternos alunos que assumem o seu papel.

Quando o óbvio não é esclarecedor, se faz necessário um urgente retorno; ainda mais em tempos difíceis, onde quase todos querem ser mestres de tudo, e a maioria acaba sendo discípulo de absolutamente nada.

Em poucas palavras quero trazer à memória um aspecto do ser humano, este que é tanto falado, cantado e expressado. O de ser sempre um aprendiz, numa eterna jornada. Isso não quer dizer que o sujeito sempre será imaturo, ou não habilitado a ensinar; na verdade, isso o torna humildade, em se colocar sempre em seu lugar, de eternos alunos. 

Não é fácil ser aluno, e aqui não estou falando de frequentadores de prédios e salas de aula apenas. Nesses dias, foi provado a diferença entre quem é de fato um estudante, aqueles que realmente assumem o seu papel, sendo responsáveis. 

E a todos estes, principalmente aos que passaram por minhas classes, e mesmo em distanciamento social, não se recusou a fazer uma só atividade, participar das reuniões ou mesmo levantar suas dúvidas e questões; a vocês meus agradecimentos. 

Que você continue firme e constante, rumo a uma vida intelectual, não abandonando a sensibilidade e os anseios do coração; continuando nesse balanço sempre saudável. 

Já você que abandonou, fez descaso e não se importou com o conhecimento este ano, seja sábio, e retorne a maratona de modo rápido; estaremos aqui para servir e ajudar. 

Tenha um Feliz Natal, e um excelente ano novo!  


At, Prof° Jefferson de Melo. 


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

TEx 20 - Humanas, para que? A necessidade de fiscalização pública!

Nosso país, não de hoje, está longe de ser um grande fomentador das ciências, e das boas análises. Nos dias atuais, em meio a pandemia, só se tem criado mais dificuldades frente a isso. 


De onde tiro essa ideia? A priori, da falta de valorização do cientista em nossas terras; fazendo com que o jovem prefira qualquer formação; menos a de pesquisador. Não o atrai. Mesmo assim, existem outros problemas. Como a parcialidade, e a "pseudo" valorização a temas do eixo tecnológico e inovador, fazendo com que apenas essa área seja chamada de ciência no senso comum.


Como professor de Matemática, entendo a relevância de tal eixo, porém, atento, que antes da matemática, e uma supervalorização das "ciências naturais" e das "exatas" sou professor, um humano que se preocupa com outros seres humanos.


Percebo que as "exatas" não resolvem tudo. Ela não pode ser colocada em pedestais. Veja, ela no máximo apresenta "o para quê das coisas"; porém a filosofia, diferente, se preocupa com questões mais profundas; como "o por que das coisas".


A "ciência" voltada para a resposta técnica apenas, é fraca e frágil. Não se preocupa com nada, além do pragmático. E é nesse caminho que a falta de estudo e pesquisa na área das ciências humanas faz uma enorme falta. No caminho de respostas prontas, perdemos mais sentido e significado.


As "exatas" dá uma falsa impressão de solução única e absoluta para as perguntas modernas. Já paradoxos e dualidades são evitados por alguns, fazendo necessário o diálogo; para entendermos um pouco mais sobre nós, e o mundo à nossa volta.


Então, é necessário a pesquisa! E de várias ciências. Do vasto campo, a iniciais e prematuras; já que o estudo tem o seu lugar, e não apenas parte dele. Médicos e Engenheiros são tão importantes quanto filósofos, poetas e linguistas. Se isso não for verdade o nosso problema é maior do que imagino, pois, de onde se origina a ciência política mesmo? 


Um Exemplo da necessidade de uma análise voltada a ciências humanas.

 

No dia de eleição, principalmente, conferimos o quão difícil e complicado é a função do fiscal. Poucos entendem a importância e relevância deste papel, e do seu desempenho, principalmente no serviço público.

 

Mas, para indagar, questionar ou duvidar toda hora, é preciso verificar, ou acompanhar. Isso é o papel de um fiscal, e não fingir "produtividade" andando para lá e pra cá sem saber o que está havendo.

 

Não é ser "chato" e incomodar o trabalho dos outros; antes, é fazer o seu papel. E acredite, todo cidadão é um fiscal, aceitando você ou não. O fiscal faz isso a sua conduta, ele se submete a um princípio ético prioritariamente, e depois procura caminhar neste ato, já vivido, de maneira pública.

 

A fiscalização deve se tornar tão normal, ao ponto de não precisar aparecer no cerne da cidade. Como isso? Quando preciso remunerar um fiscal para verificação, isso em grande massa; já é revelado o como somos problemáticos, necessitando um estudo comportamental, humanístico. Mas, e quando os fiscais são os que rompem com os princípios, e necessitam ser mais averiguados que o próprio eleitor. Aí o problema se torna sistêmico; e ainda assim, das ciências humanas.

 

Aí está, apenas um dos “milhares” de relevantes temas das ciências humanas; pois se essa não é uma pergunta norteadora e provocante dos homens, não sei qual seria, já que por mais que seja um apreciador de novas tendências, entendo que ela não advém vazia. 

 

Respondendo ao tema, "Humanas, para que?" posso ao menos dizer: para pensar melhor, revelar problemas que possivelmente tem mais de uma resposta; e que geralmente começam no ser. Em última sentença aqui, para promover um viver melhor.


Por: Jefferson de Melo.